Fluorescente: alexandre costa
- Cafe e outras Palavras
- 18 de abr. de 2020
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Ela quase não foi, ficou paralisada, ansiosa, roeu as unhas, pensou em qual vestido colocar e escolheu o preto, o preto com a bainha acima do joelho passava a mensagem certa.
Ele arrumou a mesa com perfeição, tudo em um ângulo de noventa graus, depois olhou para o relógio e percebeu que tinha que esperar mais dez minutos para não chegar muito cedo, então gastou esse tempo vestindo uma camisa limpa, da caixa de camisas limpas que ele guarda na última gaveta e, em algum momento entre o quarto botão e a gravata, pensou em desistir.
Tinham se visto pela primeira vez no escritório, no corredor, em frente ao elevador. Ela não pensava em conhecê-lo, ele era uma formiga atrás de açúcar. Ele estava bem, mas ela estava péssima. Ele a convidou para conhecer sua sala, mas ela não se dava bem com a luz fluorescente.
Provavelmente eles sonhariam um com o outro, mesmo que isso fosse um erro pelas circunstancias tão nova entre os dois.
Ele a convidou para jantar, mas ela não entendia por qual motivo, como se soubesse que o motivo era ela.
Jantariam naquela noite e tudo se ajeitaria.
Na mesa os dois se olharam e tudo se explicou sozinho.
- Eu te amo – ele disse.
- Diga isso de novo e eu vou embora – ela avisou.
- Eu te amo.
Chovia lá fora
Frauleins, os japoneses já criaram mulheres perfeitas, de plástico e sem neuras...
Pensem nisso.
R. Fedler
Desde Adão já se pergunta:
Mulheres, entende-las, quem há de?
Esse conto, ao seu final, lembrou-me de caso (não se se verdadeiro..) de um freia, que saber que era amada (por Jesus, afinal era sua (Dele!) noiva, largou suas veste e se mando do convento...
Seu caso era de desilusão morosa, não queria mas amar, ou ser amada.
Abraços fraternos, de
Roberto Prado