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JUAN, o famigerado: alexandre costa

  • Foto do escritor: Cafe e outras Palavras
    Cafe e outras Palavras
  • 13 de nov. de 2020
  • 2 min de leitura


Ao ver a bala vindo em sua direção, pensou em se abaixar, mas amarrado pelas mãos e pés a um poste de madeira fincado no chão a suas costas, percebeu que participava involuntariamente de um fuzilamento. O seu.”

Juan Vicent saltou por sobre a mesa do bar e rolou para a porta de saída o mais rápido que pode.

Atrás dele, três homens fardados o perseguiam sem trégua a mando do capitão Mateo. Juan havia manchado a honra de Izabela, sobrinha neta do capitão, que não se fez de rogado e mandou prender e executar o famigerado sem decoro. Juan fora descoberto quando fugiu do quarto de sua amada pela janela e deixou cair sua medalha de San Lorenzo. Enfim, não havia como negar o acontecido. Desde então Juan passou a ser um foragido da justiça. Justiça essa feita pelas mãos do capitão Mateo.

Abriu a porta balcão do bar com um chute forte e se precipitou para a rua, olhou para os lados e decidiu sua rota de fuga, tomando cuidado para não ser pego.

Juan é um homem grande e forte, seu físico privilegiado dava vantagem sobre os soldados do capitão, que corriam e não conseguiam alcançá-lo, algumas vezes até paravam para tomar fôlego.

Vamos cercá-lo, você vai por aqui, você por aqui e eu vou por ali – falou um dos soldados. E assim o fizeram.

Depois de alguns minutos de perseguição conseguiram cercá-lo. Um dos guardas o atingiu por trás com um cassetete. Juan caiu desmaiado no meio dos três.

Juan foi levado amarrado pelas mãos e pés até o quartel onde foi amarrado pelo próprio capitão a um poste de madeira fincado no chão.

Ao acordar com uma tremenda dor de cabeça, Juan percebeu que havia sido capturado e precisava fugir, mas não contava com o revés de ter sido inutilizado daquela maneira.

O sol a pino cozinhava quem se atrevesse a sair para a rua. No meio do pátio Juan recobrava-se de seu estado inconsciente forçado por um objeto de madeira forrado com borracha quando já era tarde demais.

Ainda zonzo ouviu a voz de comando do capitão Mateo. Preparar, apontar, fogo!

Ao ver a bala vindo em sua direção, pensou em se abaixar, mas amarrado pelas mãos e pés a um poste de madeira fincado no chão a suas costas, percebeu que participava involuntariamente de um fuzilamento. O seu!

1 Comment


madeira.vladimir
Nov 13, 2020

Bom texto. Objetivo

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