Precisão e urgência: alexandre costa
- Cafe e outras Palavras
- 28 de jul. de 2020
- 2 min de leitura
Atualizado: 8 de set. de 2020

Nestes momentos precisos e urgentes, dispomos de pouco tempo para acertar e vencer a curtíssimo prazo. Não errar é importante para a saúde mental e a obrigação de relação de trabalho que temos. Instantaneidade é fundamental para atender demandas, chegar à frente do adversário [mesmo que ele seja nós mesmos], o que em muitos casos é o normal. Sempre estamos querendo provar que podemos ser melhores do que já somos.
Se o poeta disse certa vez que “viver não é preciso”, preciso tem de ser todos os nossos movimentos em direção ao perfeito e satisfatório. Isso é muita pressão! E a tarefa é classificada como urgente por terceiros ou por nós mesmos.
Somos a ponta invertida do iceberg, carregando nas costas, colegas de trabalho, coordenadores, encarregados, chefes, diretores e, toda carga de responsabilidade que nos é “entregue” sem perguntas, ou um manual de orientação.
Não deveria ser assim. Não deveríamos ser escravos da precisão e da urgência. Se todo ser humano erra, somos tratados como máquinas perfeitas [uma utópica relação do ‘mundo das ideias de Platão’ com o ‘mundo físico, real, de Aristóteles’]. Uma eterna luta entre a experiência real do fato e a ideia do que o fato é em si!
Levantamos todos os dias, não para ler um texto como esse, mas para sermos precisos e urgentes em cada minuto do nosso dia. Nossas relações, todas elas, são relações de precisão e urgência, porque estamos sempre no limite do erro. Maldito ser humano imperfeito.
Então, se você chegou até aqui neste texto, tenho que te informar que o objetivo de fazê-lo esquecer do que está aí ao seu lado [uma tarefa ou não] foi atingido e ficou em pausa até que você terminasse a leitura.
Não conte a ninguém sobre esse texto, nada é urgente. É o mundo que enlouqueceu.
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