Quarentena:alexandre costa
- Cafe e outras Palavras
- 31 de mar. de 2020
- 1 min de leitura

Um livro na cama, pijama, sono leve, cochilo,
um doce na mente, a vontade de menino.
Do lado de fora do corpo e da casa da gente,
o sol ou a chuva, tanto faz nessas horas emergentes.
Acordamos tristes ou contentes,
mais um dia entre paredes convergentes.
Dez quilômetros entre a cozinha e a janela da sala,
a mente conversa com o mundo,
mas a gente sozinho se cala.
O tempo, uma hora voa outra hora para.
Um píxel no computador espera pela próxima palavra
pra compor um texto, um número ou escala.
Tudo isso é falta do que fazer, porque
o que a gente quer é se entreter.
Perdemos a noção de distância entre duas
palavras pequenas. Por que quinze dias
se chama quarentena?
Eis a questão!
R. Prado