A praga: roberto prado
- Cafe e outras Palavras
- 17 de ago. de 2020
- 1 min de leitura
Um poema "a nível" municipal/estadual & federal!

...e a praga se espalha
os covardes se encolhem
tramam
planejam
babam na gravata
outros
tarados
não tiram as mãos dos bolsos
outros
sob a mesa à socapa
choram lágrimas de crocodilos
os falsos abraçam aos chefes
curvam a espinha até tocar a testa no chão frio...
a praga se espalha
chega perto
a praga se abraça
nos abraça
nos cumprimenta com apertos flácidos
murcho
frio
mole
impotente
mas com sorriso cheio de dentes
a praga vem de elevador
social
e de serviço
a praga chega de carro oficial
com assessores a abrirem a porta
com compinchas a se servirem de tapete
de capacho
a praga usa perfume
óculos de sol
sapatos de couro alemão
a praga ordena
a praga manda
a praga exige
a praga decreta
a praga é a autoridade...
(que você elegeu, zé povinho de merda!)
Nós elegemos. Mesmo aquele que não vota ajuda a eleger. O não posicionamento também é um posicionamento.
Em suma, infelizmente, a maioria dos políticos eleitos são pragas que estão acabando com o Brasil.
Esses dias refleti e conclui que o Brasil é um urso que só hiberna e está hibernando há mais de 500 anos...