não sofras meu jovemtu ainda não sabes nada de nadae sofres por tão poucolá frenteno futuro(por isso não te mates ainda)tu verás que aquilo não era dortalvez fossequando muitoum beliscão no orgulhoferido, sim, eu reconheçomas não são dores de amoressofressim, outra vez reconheçosofres, mas não sofres a falta delasofres, mas é por não tê-la e o outro simsofres, pois outros braços que não teua abraçamoutros lábios que não o teua beijamoutro teto que não o da tua casaa abriga à noitemas isso, embora doa muito,não é amorpode ser o despeitoa vontade assassina(segure essa onda)de torcer o pescoço do rivalque até pouco tempoapresentavas como mais que amigo:- um irmão!pense assimtudo passao que tens é uma paixãouma febreuma doença de verãopassageiraamanhã(por isso pedi para que não te matasses)rirás dissoe não rirás sozinhorirás e muitoem companhia dessesque hoje te atormentame fazem de tuas noitespesadelos suarentos e arfantescuida-te hojepara tenhas amanhãssiga em frentenem olhes para os lados(exceto é claro, na hora de atravessar ruas)e, preste atençãolá no horizonteque não é assim tão distanteverás, sem sombra de dúvida, acoláoutra(s) garota(s)e comentarás rindo(via e-mail?, telefone?)com esse canalha de seu,hoje ainda, odiado ex-amigo:- cara, encontrei a mulher da minha vida!e, pode até, ser elapode também não sermas nesse dianem sequerte lembrarás que um diasofrestes por essa que agorame leva a te escrever essas linhas.
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