As batatas fritas; frederico romanoff
- cafe & outras palavras
- 20 de jan. de 2020
- 2 min de leitura

As batatas fritas têm o seu tempo de cozer.
E assim aplica-se também a nós humanos. Quando cozemos no nosso tempo o resultado é uma casca morena e crocante ao mesmo tempo em que a parte de dentro se mantém vívida.
Enquanto as batatas escorrem no papel de pão, eu termino de dissertar essas linhas já pensando no grande prêmio que será saboreá-las.
Fazia tempo que não fritava batatas, elas acompanham um prato indiano que se chama Kichadi, ótimo porque é fonte de carboidrato e proteína.
Sinto que a energia do texto está caindo... talvez pelo Kichadi ainda estar no fogo!
Um momento!
Ufa...
Ainda falta um pouco para terminar o cozimento. Aproveitarei a pausa para saborear um pouco mais de batatas.
Voltei.
Tenho em minha mente que batatas fritas se comem com as mãos, aliás, isso é o que nós (autointitulados) ocidentais ainda não aprendemos: pela liberdade de se comer com as mãos!
Deixando a militância um pouco de lado e voltando às batatas... tenho uma surpresa para futuros leitores que imagino ser um pré-clímax perfeito: as batatas não são aquelas chamadas "inglesas" ou as "ótimas para fritar", na verdade trata-se de batatas-doces!
Por essa ninguém esperava!
Escrevo estas linhas pensando no fim e com o suave gosto das batatas no final visível de minha língua.
Ah... como é bom comer.
Para mim, sentir-se vivo passa através de um bom prato de comida (e nem taurino eu sou!)
As batatas estão agora fritas, crocantes e morenas chamando-me para a comunhão com meu corpo. O verdadeiro clímax ficará fora dessas linhas. Fica a tarefa para o leitor de imaginar o momento da comedoria final.
E não nos esqueçamos: assim como as batatas, nós também temos o nosso tempo.
Paz!
Em tempo, comentário sobre o texto A PRAÇA:
Os dois sóis de Roberto
Lá nas terras de uma baixada que denominam santista existe um prefeito taciturno que pretende transformar a terra do Pelé em uma Nova Iorque do terceiro mundo. Pois bem! O prefeito se esquece que vivemos nos trópicos e inverteu a localização das américas: o cimento queimado torna-se assim um grande refletor que faz dourar os queixos dos passantes e atordoar suas retinas. Sem falar das velhinhas de Roberto!
Cassia Eller roubou uma música de Nando Reis em que anunciava a vinda do segundo sol... Só não imaginávamos que ele viria na forma de cimento queimado...
Não queremos só batatas, também queremos mais textos!!!!
Quero receita do prato indiano
😄amei texto, aih que fome, que deu,batatas crocante e sequinha tudo de bom, quero a receita💞