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Despedida: marcelo lemos

  • Foto do escritor: Cafe e outras Palavras
    Cafe e outras Palavras
  • 5 de mar. de 2020
  • 2 min de leitura


Naquela semana, estava fora de si.

Mineiro tentou brigar com Marcelo várias vezes, mas não conseguiu.

Todos sabiam que estava tenso por causa da inauguração.

Era delegado do Crea para a Região e estava responsável junto com Claudinho, pela instauração, na sexta, da Casa do Engenheiro de Pirajuí.

Houve o evento e Marcelo ficou responsável pelo coffe-break.

Término da recepção, Mineiro era outro. Aliviado, voltara ao normal.

Sábado, como de costume, ele e Claudio foram à padaria para tomar umas, quando Marcelo teve a ideia:

- O que acham de irmos para a casa da Bi. Faz tempo que não a vemos. Podemos fazer umas pizzas lá.

Todos concordaram, marcando de sair às duas. Marcelo ficou de ligar para combinar com a anfitriã, enquanto os dois foram tomar umas para fazer hora.

Quando retornaram, Claudinho desistiu, pois lhe dera dor de cabeça. Foram então Henrique, Marcelo e Rose, sua esposa.

O Mineiro estava um tanto quanto engasopado, coisa que não lhe era comum, mas facilmente compreensivo pelo alívio do estresse da semana.

Chegando a Bauru, foram ao Pão de Açúcar para aproveitar para comprar Whisky. Black and White estava em promoção por R$ 39,50. Rose ficou vendo os preços enquanto Mineiro, já no Grau, agia como criança.

- Não mexa em nada, porra! – Marcelo repreendia-o com se fora uma criança – e como se comportara!

Divertiram-se. Mineiro foi o único que aproveitou a promoção. Comprou três garrafas.

Chegando a casa de Elaine foram direto para a cozinha para descarregar as coisas. O forno à lenha já estava aceso.

Bi estava bebendo pela primeira vez em seis anos. Havia superado uma longa crise de pânico. Marcelo sem se dar conta, ocupou o lugar de Henrique na cozinha, montando as pizzas e às colocando para assar.

Mineiro já havia se instalado confortavelmente na mesa e engatara animada prosa.

O clima era de Ação de graças. Todos tinham algo para comemorar naquela noite.

A conversa fluiu em crescente animação.

Lembrando desta data, nos chama a atenção o assunto dominante na roda – A urgência da vida.

Henrique falava para Bi que não acreditava em investir no futuro. Que queria e merecia se tratar bem agora!

Bi se sentindo viva novamente e complementava dizendo que não queria deixar nada guardado.

- Roupa nova é para se usar agora! – Dizia.

Em resumo, foi uma ode ao milagre da vida, onde este acontece, no agora.

Três dias depois, ao darem falta do amigo, Claudinho e Marcelo, acharam o corpo de Henrique morto no dia seguinte, de AVC fulminante.

2件のコメント


cafe & outras palavras
cafe & outras palavras
2020年3月06日

a vida e a morte tiveram sua platéia de alguma forma.

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Cafe e outras Palavras
Cafe e outras Palavras
2020年3月05日

Dramaticamente triste...

Pelos menos teve a a presença atenuante da Bi.

Meus clap-claps!


RP


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