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Dos santos e demônios-um cafezinho com: marcelo lemos

  • Foto do escritor: cafe & outras palavras
    cafe & outras palavras
  • 1 de jul. de 2019
  • 2 min de leitura

Atualizado: 2 de jul. de 2019


Educado na cultura judaico-cristã (ICAR), sou muito grato pelos valores que pude dela absorver. Este sentimento não se faz suficiente impeditivo para que discorde de alguns de seus ensinamentos, sendo que outros, acredito até, ser um desserviço para a formação do ser humano. Deste último, irei me ater a formação de seu panteão.

O conceito criado pela ICAR, dos santos e dos demônios (estes já presentes em toda a cultura judaica), coloca o homem sob a constante disputa de influências de ambos os lados, induzindo a nos vermos apenas como vítimas de uma batalha que não é a nossa, minimizando nosso poder de decisão e escolhas. – Mas o contrario disto é o livre arbítrio, tão propalado, entre outros, pelo Kardecismo! Diria meu imaginário interlocutor. E penso, que ele estaria correto! Mesmo porque o homem é, entre outras coisas, a somatória de suas correlações com a natureza e com a sobre natureza.

O que desejo chamar a atenção é de que a simples idéia de um homem santo, um semideus pós romano, nos distancia e muito de suas virtudes e de seus feitos, alargando e muito nossa zona de conforto, meros mortais, nos desobrigando, de certa forma, a qualquer esforço de aprimoramento ético e moral, - pois isto é coisa de santo!

No outro oposto, é proporcional o seu estrago, quando elege e personifica demônios, retira de nós, as imperfeições e as coloca no outro, sempre no outro, desviando a atenção da nossa consciência de nossos fardos e mazelas, fazendo do tinhoso, nosso personal burro de carga.

Ora, se isolarmos algum organismo viral e o analisarmos em um potente microscópico, obteremos algum sucesso em seu combate, quando o tratarmos em nosso próprio organismo e não “no microscópio”, no qual só nos fornece sua imagem ampliada.

A necessidade de aproximarmos nossos conceitos de sacralidade e de entender que o outro, animicamente, não passa de nossa imagem invertida, trará novamente para nossas mãos a responsabilidade das possibilidades, ampliando as chances de experimentarmos a felicidade .

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