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Nada hoje: roberto prado

  • Foto do escritor: Cafe e outras Palavras
    Cafe e outras Palavras
  • 11 de dez. de 2020
  • 1 min de leitura

Cá estou no exercício, cerebral, diário de escrever, transcrever para um papel/tela, alguma coisa, alguma ideia, e suprema pretensão, algum conceito.

Gasto as teclas e a ponta dos dedos, gasto energia elétrica, tempo, queimo os meus neurônios, coço a cabeça, e vejo, preso nas unhas, uns fios de cabelos, brancos, brancos!

...e caindo!

Que decadência, o próximo passo só pode ser a demência.

O tempo passa (vejo os tic-tacs escorrendo do relógio da parede e fazendo poças no chão) e nenhuma ideia sensacional surge.

Já estou resignado com qualquer ideia de jerico que me surja. Santo Deus! Estou cada vez mais indulgente e menos exigente comigo mesmo.

Seria uma falha de caráter?

Deus! Que inferno!

Nada sai daqui, não adianta mais pensar em nada.

Definitivamente o dia de hoje está perdido, o que me consola, é que não ganho para isso...

O que pensando bem é uma pena.

Peço perdão a você leitor, que perdeu sua cota de tempo lendo-me.



2006

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