Ode aos nossos amigos: roberto prado
- Cafe e outras Palavras
- 28 de abr. de 2020
- 2 min de leitura

(ah! esses grandes afortunados!) aos amigos que nos suportam (como uma cruz às suas costas, é bem verdade) que (às vezes) conosco se importam a esses amigos que atormentamos quer com nossa fácil presença (que, também, é fácil de se livrarem) quer com nossas constantes homenagens sempre muito bem humoradas (segundo nosso afiado senso de humor) aos nossos amigos que teimam em nos convidar às suas casas que nos recebem, sempre com mesa farta copos cheios resignação infinita fleuma britânica e sorrisos sinceros (e por vezes amarelos, é verdade) abraços fortes (que pensamos serem os últimos nessa vida, tamanha falta de ar nos dá) a vocês que teimam em continuarem nossos amigos das horas incertas, e às vezes bem altas... a vocês nossos amigos, que na falta de uma palavra doce como o mel suaves como as nuvens que passam pelo céu azul leves como a brisa perfumada que balança as cortinas de vosso lar delicadas como a seda carinhosas como as caricias num gato gordo e velho (quem já teve um sabe o que digo) a vocês queridos e fraternos amigos mais fiéis que aqueles que possuem o mesmo sangue o temos a lhes oferecer em troca de tanta afeição? - sim. as nossas bandalheiras! feitas da mais verde bílis que corre em nossas veias (que alguns incautos, pensam ser sangue azul) mas saibam que nada em nós é mais sincero que o doce sentimento que temos por vocês mesmo quando todos a sua volta riem de nossas piadas (sobre vocês, doces irmãos) mesmo quando, por um átimo, lhes passa pela cabeça um relâmpago homicida. mesmo quando vocês se arrependem de terem retirado os cacos de vidro da sobremesa na última hora. ou se perguntam por que atenderam a porta. lembrem-se, essa é a nossa forma de dizer o quanto amamos vocês. sim, triste é o vosso infortúnio, é fato! mas, pensem bem: - ainda é melhor nos terem como amigos, que como inimigos...
Obrigado pelas doces palavras meu bom amigo & afilhado.
Poucos entendem essa Ode.
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Roberto Prado
Sentimo-nos lisonjeados com estas palavras, pois nos enxergamos neste rebanho. Se tu te enxergas rodeado de flores ou é porque é as que plantastes ou o dia de teu velório chegou !
Que belíssima imagem a do gato gordo e velho.
R. Fedler
Amigos, que bela loteria nessa vida. Desses aí então...
Que seus amigos se reconheçam nessa homenagem.
O. Porto-Seguro.