Vaidosa: roberto prado
- Cafe e outras Palavras
- 21 de jul. de 2020
- 1 min de leitura

hoje cansei
chateado com
lero-leros
conversas fiadas
palavras vazias jogadas ao ar
dei um basta
o momento crucial do:
- dá ou desce!
fartei-me - talvez demasiado tarde -
das lágrimas
(em pixels)
das ladainhas
(fonte branca sob fundo negro)
das ânsias virginais
(aqui empregado só como ilustração)
das dúvidas infantis
cansei das “causadeiras”
das que publicam –impunemente:
“- não sei se dou, não sei se não dou...”
“- ele me amará com eu o amo?”
“ – oh! Meus leitores que devo fazer com ele?”
ora a vida passa
(rasteira na gente)
tão rápida
ligeira
vertiginosamente
e vocês falsas amantes de meio-período
falsas julietas de subúrbios
rapunzels de aplique
vampiras de nossa paciências
carpideiras renitentes...
hoje cansei
dei basta
sacrifiquei o resto de minhas forças
e dei uma basta.
não me incomode mais com suas
misérias falsamente existencialista
o que você quer é
palhaçada
(me desculpe ai Paiação
por tal expressão)
o que você quer é
se exibir às suas iguais
(pobre mundo esse em que pastamos!)
o que você quer é
um homem para exibir
no picadeiro
em que você transformou a sua miserável
vida
em que és:
a mestre de cerimônias
bilheteira
vendedora de pipoca
a vaidosa domadora
de um leão sem dentes
sem amor-próprio
sem sombra...
esse circo acabou hoje para mim
que o fogo consuma essa lona
sem graça e sem cores
me pergunto até quando
sua vaidade homicida se alimentará
de dessas almas perdidas
desnorteadas e desamadas?
o que mais você fará para
alimentar a sanha
louca de seus leitores?
Viciados que estão em sua miséria cotidiana?
malditos sejam todos!
cada um!
cada seguidor!
cada um vocês bebedores!
desse fel hedonista!
desse sangue frio e aguado
que jorra dessa doentia vaidade!
Basta!
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